primeiro: um a um
segundo a segundo
vai vai vai
segundo: vai vai vai
segundo a segundo
depois do primeiro
um a um
vai vai vai
em primeiro lugar
diz o outro olhar
do que diz o vencedor
o que diz respeito à
ida partida do herói
ansiedade heroicizada
se esvai em segundos
em segundo lugar
diz o olhar outro
do que diz: irei
e foi sem pensar.
sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010
O Quarto do Fumante ou O Canto à Fumaça
oh, brancos novelos
fumaça pelo quarto
alveje-me os alvéolos
até que o quem sabe
que arquejante agüente
ardente aguante em gole
-me em morte jante
aceleração dos fados
segura o ar e guarda
respira pulsadas espiraladas
o seu vôo batendo em paredes
o sufocante sempre do desarejado
desarroja encantos desalojados
comece em mim como gritante
traço de momento inédito
e desnuda-me do nada
envolvente ausência óbvia
soluço significante tóxico
polução sintáxica da noite
fumáxima punheta inicial
O não fala
fico de pau duro no meio da palavra
língua de pau duro dentro da boca
eu fico com a fala mole
e eu falo duro
mas nada
língua de pau duro dentro da boca
eu fico com a fala mole
e eu falo duro
mas nada
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Caricatura em outro tom de voz
um tom de voz
letra da palavra
um tom quieto
grito da palavra
na letra voz
tombo... o tombo
derruba a letra
a palavra e o tom da voz
toda coisa dita
dita toda coisa
não é irrestrita
e é infinita
como eu disse ontem
em tom conclusivo
não vou mudar em nada
mas estou sendo outra pessoa
como réplica eu mesmo pensei
estou sendo outra pessoa
mas não vou mudar em nada
ora, então começou outro assunto
um outro tom de voz
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Outra cara
para a cara de cada rosto
deve haver uma figura pronta
onde a linguagem não se arrebenta
estou com outra cara
um olhar desconfiado
nenhuma visão que se abre para
minha nova perspectiva de então
vislumbra poema ou tendência narrativa
arrebentei meu supercílio esquerdo
contra uma calçada durante à noite
quebrei meus óculos e cicatrizo
deve haver uma figura pronta
onde a linguagem não se arrebenta
estou com outra cara
um olhar desconfiado
nenhuma visão que se abre para
minha nova perspectiva de então
vislumbra poema ou tendência narrativa
arrebentei meu supercílio esquerdo
contra uma calçada durante à noite
quebrei meus óculos e cicatrizo
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
Caricatura trespassada de bafo
eram os únicos amigos um do outro
muita compaixão e pouca imobilidade
caricaturas de sépalas dos anos
estes o transformaram num cínico
de marca maior que demarca agora
seus passos para trás de pé-raíz
é um arrebentado dentro de um quarto
que pelas calçadas sonambulisa
evitando o perigo dos lugares
pensando insistentemente:
"eu me tornei outra pessoa
mas continuo o mesmo de sempre".
fizeram do outro coisa maquiada
que se desfaz nos seus frangalhos
fluídos de mucosidades baixas
coisa de qualquer sarjeta suja
quem evita morrer incólume
se pendura na sua cintura
sonambula-se num pensamento:
"continuo o mesmo de sempre
mas me tornei outra pessoa".
eram os únicos amigos um do outro
pouca compaixão e muita mobilidade
desencontram-se há pétalas de anos
muita compaixão e pouca imobilidade
caricaturas de sépalas dos anos
estes o transformaram num cínico
de marca maior que demarca agora
seus passos para trás de pé-raíz
é um arrebentado dentro de um quarto
que pelas calçadas sonambulisa
evitando o perigo dos lugares
pensando insistentemente:
"eu me tornei outra pessoa
mas continuo o mesmo de sempre".
fizeram do outro coisa maquiada
que se desfaz nos seus frangalhos
fluídos de mucosidades baixas
coisa de qualquer sarjeta suja
quem evita morrer incólume
se pendura na sua cintura
sonambula-se num pensamento:
"continuo o mesmo de sempre
mas me tornei outra pessoa".
eram os únicos amigos um do outro
pouca compaixão e muita mobilidade
desencontram-se há pétalas de anos
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