lamber a ponta dos seus dedos
e chupar as costas dos cotovelos
eu quero
lembrar
de quando mastigava os seus cabelos
naquele tempo havia mais serotonina do que hemoglobina
hoje espelhos me atravessam
e traveste-se de vinho tinto
do teu corpo arrepio
o abraço primordial
beijar as manchas do carpete
e suar no lençol já encardido
eu quero
ainda
teus odores da pelvis à boca
como um hematóide hoje em dia.
Curitiba, 2010
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