voz serpente da boca
grito sem guizo
sai e entra
ante o céu entorpecente
o da mandíbula engasga
em guisa de formatos
o guia na silhueta deserta
sem guisa na visão que avisa
fecha e abre a pálpebra
para e entra o ar
foi tudo parido
quem havia comido
a própria cauda escutava
falo da boca cheia
onde a língua serpenteia
os lugares quando não estamos lá
grita a boca quando sai a palavra
ela sai pela boca e roçaga
na enseada chamada instante
(aquela onde se encontram duas sendas)
Um comentário:
Lembra-me arnaldo antunes, mesmo sem a pós-concretitude racionalizada pelos pré-modernistas.
Postar um comentário