Vê como desmancha se digo,
que a sombra da lâmpada dá
uma dor ruim na bexiga.
Na palma da mão direita
cresce uma mecha ruiva,
a luva que escolhe cacho.
Vê como desleixam e gingam,
que a quinta-feira me fugiu
quando tuas moedas caíram.
No pátio da aplicação de flúor,
na reunião de pais e mestres,
os canais preservam silêncio.
Vê como desmancha tudo
que plantas atrás do espelho,
hoje quando amanheceram
nutriram luzes no reflexo.
E quebrar a xícara diária
foi o remédio da diurese.
Curitiba, 2011
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