sol e chuva na manhã
parecia um espelho
um desaparecimento
a música não parava
a chuva ainda estava lá
ventava quando eu parei
cresceu até a mata ciliar
no topo da sua cabeça
o couro daquela cabeça
foi lá onde eu dancei
até quebrar os ossos
pela primeira vez
engoli o azedume e
fui cuspindo as sementes
na lixeira dos orgânicos
música, chuva e vento
um desaparecimento
parecia um espelho
sol e chuva na manhã
(Curitiba, 2011)
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