imersão introdutória por
retomadas de reviravoltas
degola de cabeça
goliarda com epígrafe pêndula
e uma lembrança que
papila na pupila
imersão introdutória por
retomadas de reviravoltas
degola de cabeça
goliarda com epígrafe pêndula
e uma lembrança que
papila na pupila
O
erotismo é tensão social que o sexo relaxa.
Jorge Majfud
toque
premonitório de tambor e totem: ano da elegância transbordante, e brilhantes
laços nós, e molho reforçado de tinta mediterrânea. das entranhas aos pulmões, devolve
ao espelho que revoluteia. o espelho que oferece o toque e a chance de
alteração sensorial absoluta. reverte retoma e reverbera o vento da roda da
fortuna em giro de arcana. reza voa como uma coroa. o olho incondicional
encantado de contexto dilata em rota. o olho nem sempre de mãos dadas com o toque
ao atravessar a rua amagota.
mora no quarto onde
desabei sobre mofados cortes epistemológicos os véus sobremaneira lençóis numa
laje lápide. o medo da impressão não
elucida onde nem tudo são sinais emitidos: se a vida decorrida de amizade
compartilhada é um aqui e agora que degringola em vereda rosa rosada, eu
celebro a maquinaria frágil que era aquela cidade, num brinde seleto, solene,
cerimonial cine memorial à irmã que discorda em pele ofídica drapeada de ferida
incógnita. devolve altercações, terçol e cãibra com uma crueldade ainda maior.
um ventre de barro
se choca e estilhaça nessa cabeça e ameaça um buda dourado. assusto e resisto
sem saber lidar com talvez não ter havido mudança alguma em não querer ou não
ter sacado o querer tua
exequibilidade em desempenho de voo: a felicidade de você me transformar
realizando movimentos inóspitos e intrépidos trepida insólita e introvertida na
distorção que retoma a origem de nocivas concepções de naturalidade confundidas
com aportes ao opressor.
ânima dos campos pineais
desatina em cumes que animam apenas em quando mora. investida de pneuma atravessa
a treva em pontos trívios investidos de demoras nos demônios da memória, minha
amiga de asas assimétricas, irmã de ângulos singulares, por quem acendo o
incenso da minha própria vida comburida.
os cinco dedos ao
redor do meu pescoço. as distancias tem estímulos nervosos na ponta. a origem
não pode ser apontada apenas dentro de uma biblioteca de jornais jograis. no
balcão de lamentações nos servimos do colírio e da cevada. garranchos zaum
traçam xis e zês sobre os fantasmas que saem da minha boca.
o dedo em riste no
espaço entre a carne e a unha não estima istmos dêiticos com tanto riso. essa
passagem humorada de sucos humos e fibras aprazentes, atravessa estimulada nas
alas da anarquia mística que transforma reza em ritmo, e desmembrar sombras em
pedras ornamentais de coronada pontiaguda.
a descontinuidade
continental eloquente na cabeça goliarda apavora like a rolling stone. desenrola
uma cena fictícia à lua cheia de ensaios excessivos na segunda-feira. dispende
de mim espíritos de tempo chamados caminhada lenta. do beijo de mentira ao
abraço irmanado que acalora mi lunes like a rolling sun. então a cabeça que
rola acalora.
abro as pernas.
dores sem endereço circulam calor pelo não concreto. a maquinaria cênica da
intimidade nos buracos do corpo humano eclode em pavores genitais, tremores de
estirar os nervos a começar pelos eixos axiomáticos das irrisões. a lava que
toma a cidade na sexualidade inner expressiva de um erotismo chulo e nulo é uma
questão de iluminação pública.