Ângulos perfuram-me o
quarto escuro
São tantos poros que
não admiro mais
Nenhuma revelação
sequer (se dá)
Ângulos perturbam
quanto ao futuro
São tantos polos que
não admito mais
Nenhuma admiração por
mim
Anjos perpendiculares,
à esquerda um quadro
E ali o agudo de uma
luz sem dono
Estoura em corpos e
arrebenta em dias
Eis que quando abro os
olhos admito e admiro:
Hoje não conseguirei
dormir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário