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The Silent Enigma - Francisco Reina |
Quando a casa encontrou o ponto onde não havia mais
vento nem desvio. Apenas o redor em círculos espiralados desmembrando em calor
laranja horizontal que amarela verticalmente na décima sexta hora da parede de
face norte.
Para chegar até o olho do furacão a casa se deixou
mover pelo frenesi de ombros afetados ao vento, e foi desviando. Códigos
gestuais circulavam em atropelamento, o riso confundia as condições intrínsecas
de circulação nos cômodos. Espirais desviavam sangue.
As únicas janelas eram monitores high definition exibindo imagens
provenientes de uma rede de câmeras em tempo real. Essas eram as únicas
janelas, com máscaras penduradas para inalações. E os desdobramentos giravam.
Na décima sexta hora do dia a face norte da casa
apresentou as condições térmicas arquetípicas de um sofá sob o amarelo alaranjado
da janela. Uma faixa amarela subindo pela vertical como um horizonte amarelo de
vidro. É o fim do calor no olho de um furacão.
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