Palco de dança flamenca destrinchada em três, e depois com correntes dentro do peito que devora memória com coração e coração com memória. O fato é que, por falar em palavra, três ou quatro das de ontem perderam o sentido. Três ou quatro das palavras de ontem esvaziaram a noite de sentido. O colapso ou o dissenso entre as atribuições de sentido, esvazia o sentido através do desgaste e/ou da derrota. O olfato é o que entre duas pessoas cria a invisibilidade que dilacera terceiras. É a gira do sentido, a noite da loucura, um retrato em baixa resolução com pessoas voltando pra casa, e ruído concentrado em primeiro plano.
terça-feira, 29 de julho de 2014
quarta-feira, 23 de julho de 2014
Árvore-Tipo - Performance de Reza Interior que Molha Papeis
Agradeço ao Aran Carriel pelo espaço no evento secreto, e às bandas e ao público com quem dividimos o espaço. Obrigado também ao Walace Brassero ator e jardineiro telecinético com quem trabalho desde bons tempos, e as criações/execuções musicais junto ao Outro Núcleo de Espetacularidades pelo músico Marcos Tamamati. Finalmente, obrigado pelos registros, dessa performance e da anterior, em foto e vídeo, pela Andreia Costa e Diego Pessoa
O primeiro ato desse processo ocorreu em Bauru no ano passado, bruxaria deste vídeo. Depois vieram as performances no Exílio ArtPub, no Espaço Protótipo e em Lençóis Paulista. Patrocinado por nenhuma empresa e aprovado por nenhum edital de nenhuma instituição, por isso obrigado por acompanhar esses trabalhos. São importantes porque marcam a continuidade da poesia e da performance na minha vida depois de voltar a morar em Bauru. É importante encerrá-los, realizar a última versão destes, para ficar de novo sem ter pra onde ir, ter de começar de novo, à partir de outra abertura. São giros disruptivos que permitem a continuidade.
terça-feira, 8 de julho de 2014
Zumthor entre aspas
Quando criança eu sapateei duas vezes na sepultura desse hino nacional. A primeira foi por espontaneidade. A segunda foi uma punição pela espontaneidade. E a punição era repetir a espontaneidade. 'Faz de novo aquilo que você estava fazendo. Faz agora aquilo que você estava fazendo. Ei, você!' Assim começa o passado, depois do último passo dá o nome aquele estado de passagem. Aquele cujo caligrama, supondo um 'assassinato da narrativa', vem com acompanhamento gestual. Então eu batizo o nome disso, cantando e sapateando no 'grafismo traçado pela presença'.
https://www.youtube.com/watch?v=SSulycqZH-U
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