Ainda me lembro do primeiro
apagão em copo d´água
Era
melhor não ter aplauso do que
não ter a vaia
Não haver silêncio
algum entre os chapéus caía bem
Assim
que sentia o cheiro meu cachorro chorava
Mas
era um poema fotoverbivocal abafado
Para
alguém com as pálpebras apertadas
Ocorre
estar escuro em todos os lugares
Acostumados
com a luz e os pés na areia
Num
lugar aqui perto onde já amanheceu
Para
alguém com as pálpebras apertadas
Longe
de entrever as intimidades na pupila
As
distancias entre as escuridões estão aqui
(Do livro fictício "Do mais excruciante Dezembro", 2014)
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