Ao
ver um trem vagar debaixo d’água eu percebi que o trem vagar seria uma estação
inteira com os olhos de cabra verde. Eu disse essas palavras se por acaso eu me
esquecesse da noite de nascimento do fantasma da cidade de nascimento. Se o
sopro de meus anos não anunciasse a enfim enfiada cara no bolo, ao ver o trem
vagar na cobertura do bolo, eu teria visto alguma outra coisa escrita ali. A sabotagem
de nascimento acenando a despedida de sentido no trem vagar ao curso daquelas
noites, no trem vagar de explosão impossível, sempre naufragado na adoção daquela
estação humana.
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