A loja de materiais de construção se instalou lá no alto da
montanha suburbana. Igual ao urubu que pousa para inalar a carne podre nas
vultuosidades familiares. Uma confusão silenciosa ainda o preocupa, enquanto
escuta romper o entulho na caçamba. Ecoando no vácuo até o alto, um castelo
sonoro de montanha ruída. Ruída, a pele do tempo, dirigindo caminhões. Nas
casas, em suas fontes de pilhas de louça, e chafariz de candelabros reptilianos
desligados, acabou a força da preguiça. A lagarta se alimenta de pétalas de
retina, cultivando erupções com tímpanos conduzidos na vida nutriente dos
amantes. A espinha espeta o cérebro como um escorpião com veneno crânio quando
eu digo “eu não tenho como voltar”. Uma parte de larga importância no trabalho
e na sua construção é a entrega. Trabalhos de entrega na tarde de isolamento,
passeio para ameaçar a insolação da presença daquele sonho: a gestante
contorcionista de olhos vendados, o atirador de facas substituto e o mímico de
vidro atrasado, quem são? Ruída, a pele do ritmo, dirigindo caminhões para entrega
de materiais de construção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário